Em 1912, esta freguesia esteve no centro das operações de preparação do combate de Chaves, em que Paiva Couceiro tentava, pela segunda vez, restaurar a Monarquia. Chaves sabia o perigo que corria e clamava por reforços urgentes. Ao fim da manhã do dia 7 de Julho de 1912 já as tropas rebeldes, vindas da Galiza, tinham deixado Montalegre para trás e chegam a Vilar de Perdizes.Ás 6 horas da tarde chegam à vista de Soutelinho da Raia, e dizem que os Guardas Fiscais do Posto ao vê-los, fogem, com excepção de um que confessa a sua devoção monárquica e logo ali se integra na coluna.Os outros, noite fora, vão avisar Chaves da proximidade dos Paivantes, mas na vila não lhes dão crédito supondo-os em força na conquista de Montalegre. Entretanto e sem que os de Chaves o creiam, junto ao cemitério de Soutelinho da Raia, os monárquicos levantam as suas tendas. Foi grande o pandemónio durante toda a noite. Os moradores estavam aterrorizados.E em Chaves desconhecia-se o que em Soutelinho se passava. No dia 8 de Julho de 1912, ainda noite escura, os 500 homens da coluna monárquica levantam as tendas em Soutelinho da Raia e põem-se a caminho de Chaves.Tinha chegado a hora da grande aventura na qual, mais uma vez, para gáudio da República e de todos os flavienses, Paiva Couceiro fracassava.
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